AS VERDADES DE 2015 NA FÓRMULA 1 por Jan Balder

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O esporte tem como ponto fundamental a imprevisibilidade, fator preponderante para animar qualquer evento. A Formula 1, no entanto, teve uma temporada totalmente previsível com uma única equipe que, em 19 etapas, dominou 85% delas, vencendo 16 Grandes Prêmios, repetindo a temporada passada, quando foi introduzido por regulamento a utilização de motores híbridos de apenas 1,6 litros injetados e turbinados que recebem auxilio do calor gerado pelos freios e dos gases do escapamento, estes conectados a turbina. Este conjunto propulsor integrado forma uma tecnologia de ponta e foi amplamente dominada pela equipe Mercedes, com seus dois pilotos, Lewis Hamilton e Nico Rosberg. Disputa reduzida a dois pilotos que trocaram de posição, em algumas ocasiões de acordo com o interesse da direção da equipe.

A grande questão é como chegar perto deles? O alto investimento por parte das quatro montadoras envolvidas evita alteração regulamentar em curto prazo e a torcida fica para Ferrari, Renault e Honda equilibrarem a disputa pela vitória, evitando a previsibilidade.

A Ferrari chegou mais perto nesta temporada, associada aos méritos de Sebastian Vettel que, inferiorizado na potencia do motor, jogou especialmente com estratégias do desgaste dos compostos dos seus pneus, a única variável que lhe restou para vencer três GPS.

A equipe Williams foi a 3ª força da temporada impulsionada pelo genérico motor Mercedes. A RBR usando o propulsor da Renault ficou devendo e teve mais baixas que altas. A Mc Laren atendida pela Honda, que retornou a F1, já foi a principal referência do tempo necessário para desenvolver atualmente um propulsor na nova configuração, colocando em duvida o ingresso de novos fornecedores. A Honda cria expectativa. As férias da F1 vão ser trabalhosas para tornar a F1 mais competitiva.

Outro ponto polêmico é a promessa de aumentar o ruído dos motores, que pode implicar em alteração do curso e diâmetro dos pistões, mantendo 1,6 litro de capacidade cúbica.

Na pista Hamilton sagrou-se tricampeão, responsável por 54% dos pontos da equipe contra 46% do seu companheiro. Na Ferrari Vettel foi bem superior com 66% em relação a Raikonnen com 34%. Na Williams, Bottas foi melhor que Massa (52 contra 48%). Na RBR certa surpresa com Kvat a frente de Ricciardo (51- 49%). Na Force Índia Sergio Perez 58% contra 42% de Nico Hulkenberg. Na Lotus, Grosjean 66% contra 34% de Maldonado. Na jovem equipe Toro Rosso o holandês Max Verstappen ficou bem na frente, 73% contra 27% de Sainz. Na Sauber ampla vantagem para Felipe Nasr com 77% contra 23% de Marc Ericsson e na Mc Laren, Jenson Button com 60% contra 40% do aparentemente desmotivado Fernando Alonso. Estes valores de pontuação representam proporcionalmente prêmios em dinheiro para as equipes na próxima temporada.

Jan Balder

Comentarista da radio Bandeirantes, exclusivo para o Gente Que Fala.

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