MALAS, MILHÕES, DIREITOS, HUMILHAÇÃO E A FALTA DE PRINCÍPIOS HUMANOS

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Num país onde a palavra dignidade sobrevive com muita dificuldade, falar sobre violação de direitos ou solidariedade pode até virar motivação para o ridículo. Quando malas circulam sem controle, milhões de reais se transformam em enfeite de salas e juízes defendem bandidos, falar de fraternidade, ou princípios humanos pouco importa.
São sentimentos que poderiam atingir qualquer cidadão brasileiro hoje, mas estamos nos referindo particularmente à questão dos portadores de deficiência e de sua inclusão na sociedade. Nem nos atravemos a discutir direitos, ética, filosofia, fundamentos cristãos… A ideia é apenas lembrar a luta de pais que enfrentam a indiferença das autoridades na questão dos semelhantes portadores de deficiência.
Por razões pessoais, vou citar apenas um exemplo desse comportamento apático e displicente da sociedade responsável: está sendo desativado um importante núcleo de apoio a portadores de deficiência, a área de pintura do Instituto Olga Kos. Por ali, durante muito tempo, pessoas intelectualmente incapacitadas e carentes tiveram a oportunidade de conviver com artistas importantes, que doavam um pouco de seu tempo e conhecimento em aulas práticas. Uma dádiva pra quem conhece as dificuldades desses estudantes, e tudo basicamente em troca de um sorriso e da alegria de um deficiente ou de uma família agradecida.
O Instituto agora fecha as portas de vários desses núcleos, por conta de um subsídio que está sendo suspenso, ou de doações cada vez mais minguadas. Triste sina desse País, que beneficia marginais e pune deficientes.

Por Ivan Rodrigues

 

 

 

 

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