A IMPORTÂNCIA DO ESPORTE por Fausto Camunha

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1994.Como secretário de Esportes do Estado, um dia disse ao governador Fleury que gostaria de levar a equipe do Corinthians para jogar na FEBEM, hoje Fundação Casa. Já havia conversado com o presidente Alberto Duailib e ele concordou. O presidente da Fundação Casa, Joaquim Villaça de Souza Campos, também. Faltava o OK da Secretaria do Menor, a qual a Fundação era subordinada. Os dias foram passando e nada de autorização.
Fiquei sabendo que eles temiam uma fuga em massa. Liguei para o governador  e ele próprio autorizou o evento. Foi uma festa, uma confraternização maravilhosa.  O time do Corinthians tinha Marcelinho Carioca e mais três titulares. A molecada se deliciou em jogar futebol com atletas profissionais. E os que assistiam mantiveram-se concentrados no jogo e nos craques.

Foi mais uma demonstração da força do esporte que, quando bem aplicado, ajuda, e muito, na recuperação desses jovens. A partir daí foram realizados inúmeros eventos esportivos, um deles com o Maguila. Ele chegou num carro branco, conversível e foi muito aplaudido. Foram formados grupos de 100 internos e Maguila conversou com todos eles.  Contou sua história, bastante complicada na infância e juventude e mostrou-se aos garotos como um vencedor através do esporte. Contou que era egresso da FEBEM e que muitos deles poderiam ter um futuro promissor usando o esporte com trampolim. Ele conversava falando a mesma linguagem dos internos e isso fazia com que todos prestassem muita atenção. Esse evento foi repetido por várias vezes, até que Maguila tivesse conversado com todos os grupos.
Na Copa daquele ano (94) instalamos telões para que eles pudessem acompanhar os jogos do Brasil e, em cada jogo eles tinham a companhia de três craques do passado.
A verdade é que, coincidência ou não, nesse período não foi registrada nenhuma rebelião ou fuga na FEBEM.

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