“Fê” é a maneira carinhosa que eu trato o prefeito de São Paulo. Espero que ele não fique contrariado com essa intimidade. Afinal, não nos conhecemos pessoalmente.
É que o Fê, sem querer querendo, ajudou-me a realizar um sonho de infância.
Sou apaixonado por esportes a motor, desde criança. Comecei lendo um tabloide chamado HP e a revista Quatro Rodas. Nessa última, trabalhei na área comercial. E lembro do Stirling Moss, Chico Landi, Emerson, Piquet, Senna e por aí vai.
Com o tempo, fui me interessando por rally. Curtia aquelas aventuras em pistas de terra, com buracos, no deserto, um mundo de dificuldades. O piloto e o navegador tinham de ser muito bons.
Eu não tinha nem talento nem dinheiro. Portanto, ficava só na torcida.
Mas eis que, recentemente, o Fê ajudou-me a realizar o sonho do rally. Do rally urbano. Sério. Não acreditam? Pois conto.
As ruas de São Paulo têm mais buracos e lombadas do que a superfície da lua.
Na região onde moro, é uma grandeza.
Chácara Santo Antonio, Granja Julieta e onde localiza-se o meu condomínio, Jardim Caravelas. Não sei por que CARAVELAS. Talvez pela proximidade do rio Pinheiros. Quem sabe, em tempos imemoriais, caravelas ancoravam no rio.
Mas, voltando ao tema rally, tem uma rua especialíssima para a prática: é a rua Luís Serafhico Jr. É tanto buraco, tanta lombada, que se você não for um bom piloto de rally, está ferrado!
Vira para a esquerda, para a direita, breca, acelera, desvia… é uma festa! E haja amortecedores e pneus. Já quebrei uma roda e rasguei dois pneus. Só nessa rua. Mas não fico zangado, pois acho que o Fê, esportista que é, só quer o nosso bem.
E desafio o Robert Kubica, ex-piloto de F-1, e agora um grande campeão de rally, a competir comigo.
Vai dançar feio!
E quero receber o troféu das mãos do Fê. Ops, desculpem-me, do prefeito Fernando Haddad!
Dica de restaurante:
Viareggio
Rua Fernandes Moreira, 1244
Tel.: (11) 5181-2196
Chácara Santo Antonio
Italiano com ótimas massas a preços razoáveis.
FRASE DE BOTECO
“Gastronomia é comer olhando para o céu.”
Millôr Fernandes
Marinho querido, que prazer ler as suas cronicas!
Um grande abraço
Viva, Maurão. Que saudade! em 2 ou 3 senanas vou ao Rio e quero muito encontrá-lo. Beijão do tamanho do Cristo Redentor.
Saudadona.