BEBETO DE FREITAS por Kiko Campos

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O salto que qualidade do volleyball brasileiro é devido, em minha opinião, a um grupo de pessoas apaixonadas e visionárias. Atletas talentosos sempre tivemos. O Santos FC de Pedrão, Negreli, Vitor, Décio, Feitosa, Paulo Russo, Nicolau, Luiz Eymar, Mario Marcus e outros. A Pirelli de Moreno, Wiliian, Zé Roberto, Xandó. A Atlântica Boa Vista ( mais recente)  de Bernard, Bernardinho, Renan e por aí afora.

Contudo, o que teve no volleyball de sobra, e que inexiste no futebol ( por isso é que o futebol brasileiro está na mesmice que está) foram bons dirigentes técnicos e administrativos.

Antes dos dirigentes não há como destacar o papel fundamental de Luciano do Valle na divulgação do esporte. O histórico jogo entre as as seleções de Brasil e Rússia, em tablado montado em pleno gramado do Maracanã, foi o divisor de águas. O volleyball passou a ter visibilidade midiática, notadamente na TV, que outrora nunca teve.

Daí começaram a surgir empresas interessadas em patrocinar o esporte, coisa que anteriormente ficava mais ou menos restrita entre Pirelli ( e sua diretoria) e Atlântica Boa Vista ( capitaneada pelo Braguinha).

Brunoro dirigindo a Pireli e Bebeto (que nos deixou ontem) a Atlântica Boa vista fizeram jogos memoráveis.

O Vice campeonato olímpico em Los Angeles coroou a trajetória. E daí viriam os títulos máximos em olimpíadas futuras, campeonatos mundiais e enfim, colocariam o Brasil no topo do esporte.

O Nuzzman, a despeito dos problemas que hoje lhe são imputados por conta das Olimpíadas do Rio de Janeiro,  foi importante à frente da CBV.

Considero um outro fator fundamental no crescimento do volleyball brasileiro a mudança de regras. Na minha opinião o Brasil foi o país que mais rápido e melhor se adaptou aos pontos corridos até 25  e à figura do líbero na quadra (não foi à toa que Escadinha ganhou todos os prêmios nessa posição).

Bebeto de Freitas, que muitos não sabem era filho de uma irmã de João Saldanha, portanto sobrinho do controvertido ex-treinador da seleção brasileira de 70, botafoguense de carteirinha como o tio, foi protagonista importantíssimo de toda essa bela história como grande jogador de seu Botafogo e como estupendo técnico. Sabia tudo e mais um pouco de volleyball.

Meu amigo Giba, de Santos, afirmou e corroboro: o volleyball brasileiro (e mundial) ficou mais pobre.

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