Nas minhas buscas pelos botecos mais representativos, procuro ler e me informar sobre o tema.
Minha profissão permitiu que eu curtisse, nesse Brasilsão, diversos botecos e restaurantes com a fina flor da alma botequeira. Ou botequineira, como me corrigiu outro apreciador do tema.
Procuro sempre a culinária local. Conheci vários, mas a curiosidade me levou por exemplo ao Tavares e Recanto do Galo em BH, Caverna do Ratão em Porto Alegre, botecos do Pátio São Pedro em Recife onde tomei a cerveja mais gelada apelidada de “boca de gia” e muitos mais pelo nosso Brasil.
Faço essa introdução porque outro dia no novo boteco Fradinho, da Chácara Santo Antônio, aqui em Sampa, fui confrontado pela discussão sobre comida mineira.
Disse que não existia COMIDA MINEIRA, mas sim, comida caipira.
Foi o suficiente para uma discussão pra mais de acalorada turbinada por muita cachaça, cerveja epratadas de tira gosto.
Do alto de minha competência botequineira, bradei!
– Não existe comida mineira. O que existe é comida Caipira da Paulistânia!
Cito a fonte: A Culinária Caipira da Paulistânia. A história e as receitas de um modo antigo de comer. Belíssimo livro de autoria de Carlos Alberto Dória e Marcelo Corrêa Bastos.
Segundo os autores:
O berço da culinária caipira é a região chamada de Paulistânia que abrange o que é hoje São Paulo, Minas Gerais, Goiás , Mato Grosso (que deveria ser chamado Mato Grosso do Norte, pô), Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina, parte do Rio de Janeiro e Espírito Santo, alcançando também a região das Missões no Rio Grande do Sul.
Acontece que o marketing, na minha opinião a mais poderosa ciência do planeta, altera tudo, de acordo com as conveniências do momento.
Daí surgiu o conceito de Comida Mineira. E que numa repetição constante, torna-se uma verdade absoluta.
Portanto, avante! Para conhecer a deliciosa culinária caipira! Paulistânia, é claro.
FRASE DE BOTECO
Uma feijoada só é realmente completa quando tem ambulância de plantão.
Stanislaw Ponte Preta