Vou falar do maior jornalista que essa pátria produziu. E, pegando carona na matéria com Teté Ribeiro, filha do Zé, publicada na FSP de 14/08/2022.
Exagero meu? Dane-se!
Pergunte para 10 pessoas quem foi um grande jornalista brasileiro e 11 responderão: José Hamilton Ribeiro!
Ganhou um monte de prêmios nacionais e internacionais.
E o nosso Zé Hamilton fará 87 anos no próximo dia 29 de agosto.
Em 1968 eu trabalhava na Editora Abril e Zé Hamilton cobria a guerra do Vietnã. Como todos devem saber, ou deveriam, nosso Zé lá estava para reportar a merda da guerra, como são todas as guerras.
Simplificando: pisou numa mina, perdeu um pedaço de perna mas seguiu em frente fazendo o que sabe de melhor: narrar os acontecimentos de um jeito que qualquer pessoa entende. E com uma baita qualidade!
Vida que passa, e numa combinação de fatores estou lá na Editora Globo, levado pelas mãos de João Noro e Gerson Cury.
Acabei sendo contratado para algumas funções e, em seguida, Gerente Comercial da Revista Globo Rural. Que foi criada para complementar o programa da TV que existia desde os anos 80.
Eu e o Zé Hamilton nos aproximamos, e eu honrado com a amizade oferecida por ele sem nenhuma frescura.
Vida seguindo, Zé Hamilton continuando com as reportagens para a TV e a Revista.
Quando Zé Hamilton fez 70 anos, Humberto Pereira, diretor do Programa Globo Rural na TV e também da Revista, junto com o Noro, ofereceu o sítio em Sarapuí para a festa.
Uma alegria, muitos amigos e ao final, com vários pedidos, Zé Hamilton fez um discurso. Rápido, ligeiro, humorado, objetivo, como um super repórter deve fazer.
Fala Zé Hamilton:
– Desta vida tenho apenas duas certezas: quando você se depara com duas torneiras, a da esquerda sai água quente. E não existe azeitona preta, ela é tingida!
Acabo de checar no tio Google. Existem as duas azeitonas. A preta é a verde amadurecida.
Mas em se tratando do Zé Hamilton, a natureza está completamente errada.
Viva Zé Hamilton!
FRASE DE BOTECO
O jornalismo é, antes de tudo e sobretudo, a prática diária da inteligência e o exercício cotidiano do caráter.
CLÁUDIO ABRAMO