Não entenderam? É assim que os principais times de futebol são denominados
atualmente.
O Palmeiras chama CREFISA, o Corinthians NEO QUÍMICA, o Flamengo BRB, o
Vasco PIXBET, Inter e Grêmio BANRISUL.
Não se trata apenas de patrocínio. É uma chocante alteração na identidade
dos times de futebol, vôlei, basquete etc. a marca do patrocinador é muito
maior que o nome ou símbolo do clube patrocinado.
Claro, não sou ingênuo. Até porque passei boa parte da minha vida
profissional vendendo espaço publicitário em revistas e TV.
Para se vender o tal espaço publicitário, considerava-se o número de
exemplares/telespectadores atingidos, quantidade de usuários, o custo por
mil, e consequentemente, o que era mais vantajoso.
O que temos hoje é a mídia ao contrário. Os patrocinadores tipo Crefisa não
investem nada nos veículos de comunicação… apenas colocam seus nomes nas
camisas dos times de futebol. Pagam uma grana para os clubes mas, em
compensação, têm seus nomes divulgados maciçamente através das transmissões
de televisão, internet, fotos em jornais e revistas e pagam… nada.
Absolutamente nada aos veículos.
Mais ainda: os torcedores usam as camisas de seus clubes todos os dias.
Vençam ou não. E ainda pagam para divulgar essas marcas ao comprar a
camiseta do seu clube preferido. E incrível! Se não tiver a marca do
patrocinador, não tem valor…
Imaginem a mídia absolutamente gratuita que os patrocinadores têm de
retorno!
E algo mais curioso: uma pessoa vai a um shopping, entra numa loja e compra,
a preços altíssimos, uma camiseta da Lacoste, Nike, Adidas, Puma… E essas
marcas ganham, de presente, sem pagar nada, uma mídia absolutamente
voluntária! Bom negócio, não é mesmo?
Não compro nada que tenha menção de marca. Não sou um veículo de
comunicação!
E só complementando: há meses vi um rapaz usando um camiseta do Corinthians
com a marca Kalunga. Que patrocinou o time há mais de dez anos.
Bom negócio, não é mesmo?
FRASE DE BOTECO
A seleção brasileira é uma seleção sem vícios: não fuma, não bebe, nem joga
JOSÉ SIMÃO