O PT e o controle da mídia

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Por vezes é divulgado que o PT busca mecanismos legais para subordinar a mídia. A afirmativa básica é de que se precisa inocular dose de responsabilidade, porque a burguesia é que a domina. Daí, instrumentos sociais devem limitar as “mentiras” e “deturpações” veiculadas nos jornais e na mídia falada e televisionada. Afirmam que se recorre a “outros processos para envenenar o espírito público”. “Por meio de um amálgama de frases agradáveis, eles enganam seus leitores, incutindo-lhes a crença de que a ciência pura e a verdadeira moral são as forças propulsoras de suas ações, ao passo que na realidade, isso não passa de um inteligente artifício para roubarem uma arma que seus adversários poderiam usar contra a imprensa”.

Costuma-se denominar “liberdade de imprensa”, “como se costuma denominar o abuso desse instrumento de ludíbrio e de envenenamento do povo, ao abrigo de quaisquer punições”.

“É um interesse essencial do Estado e da nação evitar que o povo caia nas mãos de maus educadores, ignorantes e mal intencionados”.

Os que recebem as notícias ou já não acreditam em coisa alguma ou são de dois tipos: a) acreditam no que leem; b) têm espírito crítico.

Não se pode dizer que todos os jornalistas sejam vestais. O problema, no entanto, não é esse. Problemas psíquicos existem em todas as classes. Mas, é melhor equívoco dos mal intencionados, que o amordaçamento e os limites de opinião. Nosso estado atual é de garantia da liberdade de pensamento e expressão sem censura.

Há um autor que dizia que se deve evitar que a nação caia na mão de maus educadores e, pois, deve educar o povo “fiscalizando a atuação da imprensa em particular, pois a sua influência sobre o espírito público é a mais forte e mais penetrante de todas”. Prossegue nosso “herói”: “O Estado deve controlar esse instrumento de educação popular com vontade firme e pô-lo a serviço do governo e da nação”.

Eis aí argumentos que podem ser interessantes da visão dominadora de determinados setores de um partido político. O único instrumento que impede a existência de ditaduras é a imprensa livre. Mil vezes equívocos, erros ou más intenções divulgadas e que possam ser apuradas pelos instrumentos processuais adequados com as punições respectivas que o silêncio da mídia.

Só um povo livre sabe valorizar a liberdade de imprensa. Por isso é que trazemos ao conhecimento de todos as frases por nós coletadas (e entre aspas) do capítulo X do livro “Minha luta” de Adolf Hitler.

            Regis de Oliveira é  advogado, professor titular aposentado da USP universitário, desembargador aposentado, e ex-deputado federal  por duas legislaturas.

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