Conhecimento científico traz especialistas de todo o mundo a Rio Preto

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Até o próprio mundo da medicina se surpreende com os dados: cerca de 40% da população mundial nasce com algum problema relacionado à motricidade humana, em função da Hipermobilidade Articular (articulações elásticas). Trata-se de um “defeito” em uma proteína abundante no corpo: o colágeno (dá liga aos tecidos, como pele, músculos, tendões, ossos, etc..), que, em sua maioria, evolui com graves problemas de saúde física (coluna, joelhos, ombros, pés, etc).  A infomação é da Dra. Neuseli Marino Lamari, Fisioterapeuta de Rio Preto, que, há mais de 26 anos, dedica-se ao estudo da questão.

A pesquisa de Neuseli Lamari vai mais além. Segundo ela, boa parte dessas pessoas poderia se livrar dos seus problemas se houvesse um envolvimento maior da classe médica em geral, especialmente dos Pediatras. Afirma a especialista que os vários segmentos médicos se aperfeiçoaram mais em atender “regiões específicas do corpo”. Ex: Apenas a coluna vertebral, quando o correto seria “plantar uma semente” sobre a importância da hipermobilidade, observada de forma generalizada (coluna, braços e pernas, etc). Neuseli faz, ainda, mais um alerta, acentuando que a Pediatria deveria incluir o exame da mobilidade em todas as crianças, e assim ajudaria a mudar o curso da saúde dessas pessoas por toda a vida. Porém, em qualquer idade, as diferentes especialidades podem identificar regiões com hipermobilidade e encaminhar ao fisioterapeuta, que tem esse conhecimento.

Esses pacientes têm a qualidade de vida muito comprometida, com dor de difícil controle. Em sua maioria, os problemas são ignorados e não diagnosticados, pois há a cultura de que ser Hipermóvel é saudável, quando na verdade só trás problemas cada vez maiores ao longo da vida.

“Poderíamos, por exemplo, identificar uma escoliose desde o início.  Um pé chato ou uma dor na perna poderiam ser o aviso para vários sinais e sintomas, até mesmo uma alteração na estrutura e função cardíaca. É preciso que a classe médica se sensibilize para buscar essa orientação. E um teste nesse sentido não dura mais do que dois minutos em qualquer pessoa” – acentua ela.

Neuseli Lamari sempre associou a investigação científica com a prática clínica e, ao longo desses mais de 30 anos de trabalho como Fisioterapeuta, acumulou informações importantíssimas, que pretende apresentar no Congresso Internacional de Hipermobilidade, Síndrome de Ehlers-Danlos e Dor, que será realizado em Rio Preto, de 21 a 23 de agosto, paralelamente com o I Encontro Internacional de Hipermóveis e Sedianos.

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