À direita, meu amigo Bosco. Nossos encontros eram assim, com muita alegria.
Sérgio Bosco Rosas, meu amigo há quarenta anos, resolveu que estava de saco cheio da vidinha aqui na Terra. E no dia 16 passado, resolveu subir para altas esferas.
Conheci o Bosco, ou Bosqueta como eu o chamava, por volta de 1975, quando me mudei para uma casa em frente a dele, na Chácara Santo Antônio. A empatia foi imediata e logo nossas famílias se entrosaram, vivenciando uma grande amizade até os dias de hoje.
Mas por quê anarquista?
O Bosco era uma usina de ideias. Tinha tantas que não conseguia implementar nenhuma, pois uma nova já surgia. Tudo ele sabia. E mais do que todas as pessoas do planeta. E sempre, sempre, todo mundo estava errado. Jamais seguia regras, normas.
Foi piloto de moto, kartista e chefe de equipe, foi dono de pavimentadora, revenda de autos, publicitário, produtor e diretor de cinema, inventou um freio hidráulico para bicicletas, foi treinador de tênis, ufa, é bom parar por aqui.
Foram muitas situações engraçadas, tendo sempre o Bosco como protagonista.
Vou contar uma passagem divertidíssima.
O Bosco teve quatro filhas com sua esposa Sandra: Luciana, Renata, Roberta e Fernanda. Um dia a Luciana resolveu mudar para Trancoso e por lá fez a vida dela. Casou-se com o Tandi e teve dois filhos lá mesmo.
Quando nasceu o primeiro, no final dos anos 1980, o Tandi liga para o sogro. Aliás é importante lembrar que naquele tempo nossa telefonia era muito ruim, bem pior que hoje. Imaginem uma ligação de Trancoso para Sampa!
Começa o diálogo:
– Bosco, aqui é o Tandi.
– Quem?
– O Taannddiii!
– Oi tudo bem?
– Tudo bem. Estou ligando para dizer que você é avô.
– Como? Fala mais alto!
– Nasceu o teu neto. Você é avô!
– Eu sou avô? Que bom, como chama o meu neto?
– Uiracauã.
– Como?
– Ui-ra-cau-ã!
– Uiracauã?
– É.
– O que quer dizer isso?
– Pássaro selvagem.
– Como?
– Pás-sa-ro sel-va-gem!
– Ok. A Lu está bem?
– Está.
– Então manda um beijo para o BIRD.
– Heim?
– Um beijo para o BIRD!
– O que é isto?
– É pássaro em inglês. Pensa que é só você que pode dar um nó na cabeça dos outros? Palhaço!
E tem uma outra, quando ele, com a prancha de windsurfe da Roberta, quase foi parar na África…
Mas essa história e outras mais ficam para a próxima crônica.
Esse era o Bosqueta. E é provável que neste momento, ele esteja criticando tudo quanto é santo, santa, anjos. E se o Criador bobear, vai sobrar pra ele também.
E já que estamos falando de santo, segue uma dica:
SANTO ANTONIO BOTEQUIM
Rua Antonio das Chagas, 883, tel.:(11) 5182-1955.
Peça uma porção de iscas de peixe, lulas empanadas e o delicioso chope. E você decide: com abundante colarinho ou…maneiro.
FRASE DE BOTECO
“Não é triste mudar de ideias; triste é não ter ideias para mudar. ”
(Apparício Torelly, o Barão de Itararé.)
O Marinho, muito legal vcs dois! Gratidão por esta singela homenagem ! Qdo o coração fala, ele ecoa na mais alta vibração da vida! Obrigado! Meu coração se junta ao seu pra sempre.Bjo querido
Baaaaaaaaaaaaaaar é baaaaaaaaaaaaaaaar ! Né Mário ? kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Um grande abraaaaaaaaaaaaaaaaço.
Bela homenagem ao meu pai. Valeu mesno Marinho. Sabe qual seria o comentario dele? “Sensacional”.
Lu, Renata,
O Bosco era especial. Sinto muita falta dele.
Beijos,
Marinho