Enfrentar já a crise econômica

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O debate sobre a conjuntura política e institucional do País é intenso. Mas a discussão da situação econômica ainda é restrita e muito superficial, insuficiente para que superemos as dificuldades e possamos ter um novo rumo.

O desemprego cresce fortemente e a inflação vai comprometendo a renda do assalariado. O reflexo disso é a queda do consumo o que reduz o mercado e comprometerá a produção. Os investimentos também diminuíram a partir da insegurança jurídica e da ausência de perspectivas futuras.

As oscilações do governo federal na condução da política econômica do País desestruturaram os marcos macroeconômicos, que tinham como norte o controle da inflação e a busca da rigorosa aplicação da Lei de Responsabilidade Fiscal.

O atual modelo econômico está evidentemente esgotado. Apoiou-se recentemente no consumo e isto já não se sustenta mais.

As propostas de “ajustes” da economia estão colocando em xeque os benefícios sociais que contribuíram para a redução da desigualdade e a ascensão social de milhões de famílias. O ajuste é necessário, mas precisa se fundamentar no corte de gastos e é evidente que a política de juros altos praticados não é mais capaz de debelar a inflação. Esta política tem aprofundado o desequilíbrio fiscal.

Mais do que isso, os problemas que enfrentamos são estruturais e sua solução passa pela retomada da agenda das reformas estruturais por moldar um novo papel do Estado, pelo aumento da produtividade. De imediato, passos como: aprovar a reforma do ICMS; permitir negociações diretas entre empregados e empregadores; desvincular receitas orçamentárias; enfim algumas iniciativas já e consensuadas.

Vamos porem precisar de uma visão estratégica que planeje as ações macroeconômicas combinadas com uma agenda microeconômica voltada ao incentivo da produtividade da indústria; a política de renovação de máquinas e equipamentos; ao estímulo às exportações que vá além do momento cambial.

Recuperado o equilíbrio fiscal poderemos arrumar as contas do governo e restabelecer confiança, recuperar a previsibilidade, aprofundar a política de concessões e de parcerias público-privadas. Assim, retomarmos o crescimento, esse sim capaz de garantir e promover o emprego e a renda.

Estas premissas devem se consolidar numa proposta estratégica de Desenvolvimento.

O combate à corrupção deve ser permanente, a consolidação das instituições uma preocupação cotidiana e a realização das imprescindíveis reformas estruturais buscada incessantemente. Mas acima de tudo é necessário pactuar para o País constituir um projeto nacional com base no estabelecimento de um governo confiável.

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